Ubisoft afirma que jogadores “não podem reclamar” do fim de The Crew, pois nunca foram donos do jogo

Ubisoft enfrenta processo judicial após encerrar servidores do jogo original da série

Gabriel Sander
Gabriel Sander - Editor-Chefe
Capa do jogo The Crew pela Ubisoft, destaque em jogos de corrida e multiplayer.
(Créditos da Imagem: Ubisoft)

A gigante francesa Ubisoft está no centro de uma polémica que levanta questões importantes sobre a propriedade de jogos digitais. Em resposta a um processo coletivo sobre o encerramento do jogo The Crew, a empresa argumenta que os jogadores não têm direito de reclamar, pois nunca foram realmente donos do produto que compraram.

A defesa da Ubisoft

Ubisoft afirma que jogadores "não podem reclamar" do fim de The Crew, pois nunca foram donos do jogo
(Créditos da Imagem: Ubisoft) Ubisoft rebate processo por The Crew; polêmica impulsiona campanha pró-jogos.

Os advogados da Ubisoft responderam ao processo coletivo iniciado em novembro de 2024, afirmando que sempre foi claro para os consumidores que eles não possuíam o jogo em si. De acordo com a empresa, a embalagem do jogo indicava claramente que The Crew exigia conexão com internet e que a Ubisoft mantinha o direito de revogar acesso a recursos online com aviso prévio de 30 dias.

“Depois de fazerem suas compras, os autores do processo aproveitaram o acesso ao The Crew por anos antes da Ubisoft decidir, no final de 2023, desligar os servidores do jogo de dez anos de idade”, argumenta o advogado da empresa, Steven A. Marenberg. “Os autores receberam o benefício pelo qual pagaram e não podem reclamar agora que foram enganados simplesmente porque a Ubisoft não criou uma versão offline do jogo descontinuado.”

Em contrapartida, os jogadores Matthew Cassell e Alan Liu, que iniciaram o processo, apresentaram uma queixa modificada em 18 de março. Eles argumentam que o código de ativação incluído na versão física do jogo, com validade até 2099, sugeria que o pacote completo permaneceria jogável até essa data.

Outro ponto levantado pelos autores do processo é que a moeda virtual de The Crew poderia ser considerada como venda de vale-presente, que por lei na Califórnia, onde o processo foi aberto, não pode expirar.

Esta disputa judicial acontece em paralelo à campanha “Stop Killing Games” (Parem de Matar Jogos), um movimento mais amplo de direitos do consumidor inspirado justamente pelo fim de The Crew. O grupo busca criar leis que obriguem as desenvolvedoras a lançar patches para jogos exclusivamente online após o encerramento do suporte oficial.

Como resultado dessa pressão, a Ubisoft já adicionou modos offline para The Crew 2 e The Crew Motorfest, mas não para o jogo original que deu início a toda essa polêmica.

E você, o que pensa sobre este caso? Acredita que compradores de jogos digitais deveriam ter garantias de acesso permanente ou concorda que empresas têm o direito de encerrar serviços online? Deixe nos comentários.

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Gabriel Sander é gamer veterano com +10 anos de experiência em gameplays, análises e tutoriais no YouTube. Criador confiável e especializado em games, filmes e séries, conquistou +400 mil inscritos oferecendo conteúdo direto, autêntico e dicas práticas para jogadores de todos os níveis.